A VOLTA
Hoje
decidi, apesar do adiantado da hora, andar pela cidade. São 21 horas
e 30 minutos… Fiquei assim, sem ter a certeza do que queria. Depois
de um dia extraordinariamente medíocre não me consegui ver ao
espelho, que é como quem diz, ter a distinta lata de me introspectar
e verificar até que ponto chego. Parece que tudo me assalta nestes
dias maus... O assalto desta vez vem com a interrogação sobre o que
faço, ou que fiz… Cá para mim, cumprir escrupulosamente a rotina
é ser bom funcionário, mas… não é verdade. Vir para casa com a
consciência do dever cumprido só porque cumpri o trabalho
rotineiro… não é de bom trabalhador. Apesar de não ter uma
chefia à altura, esse é um dos grandes males da nossa sociedade, é
claramente, possuir uma má chefia, a estagnação de muitos serviços
ou até a degradação lenta dos mesmos, ou de outros, mas dizia,
tenho a obrigação de virar o processo. Tenho a obrigação porque
me considero competente, na teoria e na prática demonstrada em
ocasiões, não a tempo inteiro… assim não teria o privilégio de
dizer, nesses dias de maior aperto, que estou estafado e que o que
ganho não é de modo nenhum a correspondência do que produzo…
Apetecia-me agora dar uma gargalhada pelo que disse, não fora o
grilo falante que me atormenta o ouvido, e, gargalhava mesmo…
O
tempo, nesta noite é frio e chove, mas a intervalos. De vez em
quando nota-se que as nuvens vão e deixam clareiras, mas o vento
volta a trazer outras e lá cai mais uma quanta água.
Não levo chapéu… levo chapéu… de momento ao sair, junto do
minúsculo quadrado de jardim que me cabe por ter aquele andar, olho
para o céu. Está limpo… Umas nuvens mais afastadas não vão de
certeza vir tão depressa, até porque o vento abrandou. Entre o ir à
mala do carro e sair sem chapéu de chuva, optei por ir sem chapéu,
até porque assim sempre aumentaria o meu divagar, ao ter que me
abrigar debaixo de qualquer árvore, beirado, varanda, ou simples
entrada de um centro comercial… quem sabe se não um café… mas
penso que não, não estou para ir para um café pois não me apetece
estar com muita gente, o silêncio da noite no meio de tantos é o
melhor tratamento para a depressão… ou consciência pesada… ou
consciência disso!...
Não
me coube nenhuma mágoa no dia de hoje, no anterior ou nos
antecedentes. Simplesmente dei comigo a refletir sobre o meu
desempenho, o que faço para melhorar o rendimento no meu posto de
trabalho, o aumento de produção que pode ter a minha firma derivado
do meu empenho… A consciência de ser um elo útil na cadeia
produtiva e consequentemente o meu país a ganhar com isso. Hei!
Ainda bem que estou a pensar! Calcule meu caro Pedro, que o senhor
estava a falar alto no seu serviço, ou na rua? Na rua eram capazes
de nem ouvir, ou se ouvisse alguém, de pensar que sou maluquinho e
falo sozinho… isto porque toda a gente dá conta e distingue se um
cidadão fala com os seus botões ou se está a falar a um telemóvel.
No serviço, tínhamos caso. Ou seja, eram bem capazes de me olhar de
soslaio e pensarem que estaria numa de agradar às chefias, ou a
querer lixar os colegas porque, apresentar mais serviço que os
outros é muito mau para todos.
Estou
simplesmente num fim de dia e de semana que nem sei porque estou
assim. Nem sequer houve nenhum acontecimento na firma que desse lugar
a este meu problema “existencial”… Que eu dê conta…
Apetece-me
simplesmente andar, mesmo que o dia esteja frio e chuvoso. À
entrada, ou saída, depende da circunstância, do meu prédio, olho
para o vazio, mas tenho que me por em marcha porque já disse umas 5
ou 6 vezes, boa-noite aos vizinhos que entraram… ou saíram?... O
melhor é começar a entrar na noite e na rua, não vá algum vizinho
sair e começar a olhar para mim com ar interrogativo. Não é que
isso me importe, mas, não vale a pena dar azo a comentários de
espécie alguma. Quero dizer… Não me importo, mas estou a
importar-me. Isto é que é coerência!
Começo
a andar pela rua depois de ter encostado o pequeno portão que separa
a entrada do prédio da rua. Uns seis metros, que são suavizados com
uma escada de três degraus, até ao pequeno patamar de saída…
onde o portão “trabalha”. Subo a gola do meu “kispo” porque
afinal o vento está fresco. Não vou mesmo buscar o chapéu, até
porque as nuvens continuam bem longe.
Entro numa rua de movimento… deslizo para o lado de um centro
comercial, mas vou para o outro lado da rua, onde as arcadas do
prédio enorme, ao longo de 200 metros, me encobrem… sabe-se lá de
quê. Hoje estou assim. A não querer conversas, nem ver, nem ser
visto. Vou andando com passo lento, não demasiado para não dar a
entender que estou a passear a minha má consciência a esta hora…
Lá estou eu a ter problemas com o que possam ou não pensar,
comentar, ou sorrir, os outros… Preconceito cretino!
Idiossincrasias… problemas para psiquiatria resolver, que sei
eu?... O certo é que não pretendo dar a entender… Isto está
bonito! Sim senhor! Ou seja, os males que muita gente tem? Quer
dizer… será que têm? Ao que a experiência de vida me mostra, é
verdade. Todos temos, ou enfermamos temporariamente deste mal. Mas
não devem ter este tocar a rebate no espírito. Que pensamentos
estes. Porque razão tinha que me acontecer semelhante coisa... Ao
que me consta, os outros parceiros não os relevam. Matam.
Esta minha consciência, é uma espécie de sogra… que me desculpem
as sogras, algumas, mas, a sua permanência nas nossas vidas, nunca
mais acaba.
Bom, a
esta hora queria estar com o cérebro como muitos cidadãos o têm.
Vazio. Mas não consigo. Apesar considerar, depois disto, que a
mulher pode ir para todo o lado, desde que não seja connosco, queria
tê-la presente para poder debater com ela este conflito com que me
presenteou. Sim, o não conseguir admitir que estamos num comboio
onde somos acionistas, cobradores, condutores, passageiros,
planeadores dos trajetos, mas agora, demos conta que afinal o trajeto
não presta. Não nos leva onde pensávamos, onde determinámos que
fosse, onde terminava um dos objetivos de vida. Servir de exemplo aos
nossos filhos, verem que existe a possibilidade de terem sempre uma
estação melhor que a nossa inicial, como seu ponto de partida e
poderem planear os trajetos a caminho da sua realização, como seres
sociais de uma cadeia que se pretende mundial.
Começo
a ver, ao longo do percurso que tomo, que afinal o grilo falante tem
fundamento, no desaire que foi o “nosso projeto”! Que projeto foi
e quando? O ter querido ser, afinal o quê? Rigorosamente certo! Sim,
mas, agora não entendo. Era ser, ou ter projeto? O que estava
escrito no nosso projeto, quer dizer, nosso, bom, de alguns que
afinal entraram nele…
Tinha
como base o progredir-se como seres humanos, em família… nesta
sociedade, no país, para que graças a essa progressão, seja, poder
participar para que outros que não conseguem ter tantas hipóteses,
possam ter dignidade no viver diário e conseguirem, posteriormente,
ajudar igualmente, através de incentivos nossos à sua produtividade
integrando assim o coletivo nacional. É claro que não é possível
ajudar constantemente cidadãos que vivem só de ajudas e não
pretendem colaborar para o bem coletivo com a força do seu trabalho
e depois, em evolução, a força do seu empenho e intelectualidade
possível.
Comecei
a não ser “solidário”, dirão alguns, ou diriam se me ouvissem
o pensamento. Quantas vezes alguns destes cidadãos vêm a terreiro
com a frase da necessidade de diálogo? São apoiados por alguns que
em cima de um palanque legal reclamam o diálogo. Só que nesse
dialogar, dizem efetivamente o que querem e não suportam, ah, até
nem ouvem, o que os outros pensam e reclamam. Com estes só o eco
consegue a última palavra
Continuo
rua abaixo, agora a entrar numa zona onde uma rotunda está a ser
reconstruida, enorme que só visto… exigências arquiteturais.
Parecem-me apertadas as circulares que levam a outras ruas. Um
caminhão a manobrar aqui não consegue virar, sem ter que subir os
passeios… Claro que ninguém quer saber se eu quiser mudar de casa,
que vou ter necessidade de um caminhão que me trate da mudança…
Enfim, não é que ser arquiteto paisagista faz doer a cabeça?
Está
a chover outra vez. Vinha distraído com estes pensamentos que nem
dei conta que me estava a molhar, mas isto de arejar as ideias, dá
dores de cabeça também, entretanto, nestas alturas, ninguém está
connosco neste “nosso estar”. O certo é que queremos estar
sozinhos… O que nos foi acontecer. Bom, agora tenho que correr para
baixo de uma varanda larga, aliás onde já se encontra um cidadão
que também sacode o casaco e resmunga qualquer coisa.
Já
encostado à parede, porque a chuva vem inclinada, trazida pelo
vento, levo a mão ao cabelo e tenho uma exclamação de
contrariedade o que leva o meu companheiro de lugar a exclamar:
- Meu
amigo, esta noite está muito esquisita. Ora não se vê nuvem, ora
temo-las todas a despejar uma imensidão de água… isto está
jeitoso a começar o ano. Água não vai faltar com certeza.
Arrisquei:
- Com
tanta água que os nossos dirigentes…
- Tem
toda a razão! - Atalha o meu vizinho de “pala”. A água é tanta
que tem que sair por algum lado! E saiu! É triste mas é uma verdade
incontestável. Não é mais possível continuar com este tipo de
pessoas à frente de um país! Não é o sacrifício que importa
agora, muito embora o sacrifico seja doloroso, não, é o nosso
laxismo que leva a esta situação. Queremos que tratem de nós, mas
que não nos incomodem. Espantoso. Falamos: “Eles, isto Eles
aquilo”, deveríamos dizer, “nós vamos fazer”! Nós é que não
nos importamos com quem está no governo e na assembleia. Aqui é que
está a causa do nosso eterno infortúnio…
Não
sei se devo responder, se ficar calado, mas, perante esta
frontalidade por parte deste desconhecido, acho que vou a terreiro
também:
-
Concordo consigo. O jogo de futebol, a telenovela, o aquecedor, o ar
condicionado, os chinelos, sempre foram o nosso complemento de
personalidade. Continuamos mesmo assim, a ser otimistas nestes
tempos.
- Os
otimistas são normalmente pessoas que não se preocupam com o que à
sua volta sucede, enquanto não lhes suceder. Só que agora, como bem
disse, os otimistas, e como sempre, são os mais contestatários. Se
tivessem lutado em bloco, com planos lógicos e armas coerentes,
tínhamos atalhado este problema na sua maior extensão… Vejamos a
nível do ensino… sou professor, porque razão é que permitimos
que o ministério, ao longo de trinta anos fosse cortando a parte
curricular e carga horária de todos os níveis de ensino, falo no
secundário, nas disciplinas que “só davam despesas”? Refiro-me,
por exemplo, ao Ensino Técnico e Tecnológico. Ora o retirar
sistemático de (horas curriculares e mais tarde currículos porque
era impossível ministrar a mesma matéria em menos tempo e sem o
material demonstrativo) ou seja, despesas a nível oficinal e
laboratorial... será que deu um outro alento às finanças públicas?
Talvez sim… desculpe-me, estou a abusar da sua paciência?
- Não,
não, faça favor de continuar. Tenho prazer em ouvi-lo e ao menos
saber de alguém que está por dentro da matéria, qual a sua
opinião, e juntar mais uma razão à razão final… Agradeço que
continue.
Pois
dizia, que o diminuir de matérias lecionáveis, com a colaboração
das comissões de pais, lembro-me perfeitamente na altura, que a
representante dos pais a nível nacional esteve no ministério a
negociar cargas horárias e currículos, nomeadamente nos cursos de
eletrotecnia, eletrónica, dentro da área, não posso precisar quais
os nomes dos cursos na altura… se estivesse em casa teria à mão o
que aconteceu e em que cursos aconteceram os cortes, mas dizia, foram
esses senhores que contribuíram, igualmente para o baixar de nível
dos cursos e a sua utilidade, sempre apoiados no interior do
ministério por indivíduos que, eventualmente se intitulariam como
professores… não sei em que ano, ou à quantos anos não davam
aulas, mas serviam as suas opiniões aos políticos para se escudarem
nestas sangrias curriculares, mas dizia, não pensaram os senhores
que negociaram isto para os seus filhos poderem ter tempo para se
prepararem para as faculdades, com bons explicadores, esquecendo-se
que os pais que habitam e labutam nas cidades mais pequenas, vilas e
aldeias, muitas vezes não têm dinheiro para o almoço dos filhos na
cantina. Necessitam dar aos filhos uma arma básica, breve… para
entrarem no mercado de trabalho com algumas qualificações, quanto
mais para pagar explicadores ou a remota entrada numa faculdade.
Bom, desculpe-me, mas como já não chove muito, vou dar mais uma
corrida. Boa-noite!
Saudei-o e fiquei a pensar no que me acabou de dizer de supetão. O
homem estava com isto entupido. Sem dúvida. Mas tudo o que disse é
lógico, faz sentido, a ausência de exames com o objetivo de
analisar as matérias dadas, sim, isto só podia redundar num
contínuo fracassar do ensino… na nossa má qualidade. Os
professores qualificados, aqui não têm culpa nenhuma, ao contrário
do que a sociedade meteu na cabeça, ou lha meteram…
Vou andando, agora para o lado da ex-passagem de nível do
ex-comboio. Uma revolução completa na cidade. Vai ser um metro
superficial. Já lá vão duzentos milhões gastos… Vou agora em
direção ao estádio. Ali não existem varandas que me defendam… o
melhor é continuar avenida abaixo. Pelo caminho relembro o que um
colega disse sobre mais uma história, a da avaliação e agora o
tempo de serviço congelado dos professores. É professor, mas nunca
concordou com greves sem sentido…
Meu Deus, agora cai bem. Éh, aguinha boa. Tenho que me proteger.
Vamos ver se dá aqui nesta entrada deste café que já está fechado
e tem esta entrada larga. Toca a correr e entrar.
- Boa noite, desculpe entrar assim desta forma… mas esta chuva
apanhou-nos a todos em contra-pé.
Responde-me uma senhora de cor com uma criança de uns 8 ou 9 anos:
- Boa nôte sinhô. É vérdade mesmo. Temos chuva que dá p'ra
encher bidon.
- Pois é, já é demais. Segundo dizem os entendidos os aquíferos
estão já a transbordar…
- Não sei bem do que o sinhô fala, mas parece que todo o tereno já
só é lama… Muito do périgoso… aquilo que aconteceu lá fora,
os déslizes dos terreno e as morte…
- Aqui perto também aconteceu uma queda de uma barreira. Levou as
árvores atrás de si, mas a inclinação era mais de 45%...
Felizmente não aconteceu nada de maior.
- Bom, dessas coisa da porcentagem eu não sei, só que me disseram,
o que o sinhô disse, foi aqui perto.
- Pois foi. Mas já está resolvido e felizmente que não aconteceram
mortes.
- Isso é que é chatiação, mas a vida é assim, temos que costumar
com ela.
- É verdade minha senhora, é verdade.
- De
água já chegava, até que a gente quer secar a roupa e secar o chão
e fica tudo molhado, sem jeito mesmo.
- Tem
razão. Mas como a senhora disse à pouco, temos que nos acostumar
com isto.
- Lá
no meu tera, não chove tanto tempo assim. Quando chove, é p’ra
chovê. Quando tem calor, é que tem mesmo!
- A
senhora é de que país?
- Da
minha Angola quirida, de Luanda mesmo, nasceu, criei no bairro de São
Paulo, e lá fui criando meus fiuos. Um me troxe p'ra cá e já cá
estou faz 30 ano. Vou ajudando ele no que posso. Este é meu netinho
e vai comigo sempre que pode p’ra casa de minha patroa, porque vem
tarde e… o senhor sabe… já se me meteram… uns camundongos
mesmo, nem que sendo véia. Mas quando vem meu netinho, não sê
metem.
- Sabe
que isto, é complicado, há alguns anos não era assim. Podia uma
senhora, uma moça andar na rua às 2, 3 da manhã, ninguém se metia
e, não foi à muitos anos assim. A segurança tem vindo a
degradar-se, não por falta, é até mais que nesses anos a que me
refiro, mas, os valores que as pessoas tinham, perderam-se, sabe, as
referências, assim o respeito pelos outros, pela sua integridade,
foi-se perdendo, no caso, rapidamente e as forças de segurança não
conseguem estar em todo o lado. Se nos anos referidos não existissem
valores a referenciar, respeito pelo outro, como agora não há, as
forças de segurança, (estou a olhar para a mulher e sinto que ela
não está a entender muito bem o que digo) ou seja, a policia e os
guardas não conseguiam fazer nada. Se calhar era bem pior.
- O
que o sinhô disse, me párecéu certo. O réspêito já é nada.
Pode ser que para estes mininos a vida seja mais mãe que agora é…
O sinhô é de cá?
- Não
sou, vivo nesta cidade, faz 40 anos, só mais dez que a senhora. A
senhora trabalha numa casa de família, é?
- Sim
sinhô. Os meu patrão são professor nos facurdade de medicinas. Eu
saio de casa deles por vorta das 9, 9 e méia que é quando eles
vorta a casa. Faz a lida toda, come e pronto, vem embora. Hoje até
que fiz um pirão que os sinhô gosta, à moda do Huambo… eles vai
ficar com quecho no chão. Vai, vai!
- Pelo
que estou a ver a senhora é uma cozinheira de mão cheia…
- Não
gosto de me gabá, mas até que sou mesmo. É que minha fálécida
mãe sempre me botava ná cozinha e ensinava. Se não estava com o
témpéro certo ihihih, caía pau dê manga nos costado. Mulhé dura
que só ela!
- Já
estou a ver que a senhora não tinha sossego. Era só a senhora na
cozinha?- Não, quási sempre, mas minhas trés irmã também
tinham que ver como era e espreitar p’ra ninhuma falhá, se
não, comiam as quatro! Nunca sé faiou muito. Doía se
faiava…
Ouvia o que ela dizia e espreitava para a iluminação do
candeeiro mais próximo e via a chuva a cair, agora não tão
intensa, respondi:
- Estou a ver que a senhora sua mãe, cuidado com ela.
- Pois era. Ágora a gente vai. Boa notê sinhô.
- Tenha uma boa noite também.
Olhei a vê-la sair com o menino e a pensar que a vida, foi-me
madrasta e não querendo ser o único deste “casamento”, todos os
do meu país estão numa sorte, que só visto...