sábado, 4 de maio de 2024

 

JÁ NÃO ROÇO MAIS MATO…

 

 

 

Olhando para o estado de coisas a que se chegou e que o novo governo alardeia, queixando-se de “barriga cheia” deixada pelo governo anterior, verificamos que graça a incompetência e se vislumbra, por já ter começado, uma destruição de valores e de, enfim, conquistas, conseguidos muito a custo, através de muito esforço financeiro, intelectual e de vontades do cidadão que não esperava por este estado de coisas.

          O dito esforço que conseguiu, por exemplo, um serviço de saúde, verdadeiramente necessário ao bem-estar do cidadão...

          Os tempos são outros e as perdas das possessões noutros continentes, levaram a quedas económicas e financeiras no nosso país, cujos governos nunca conseguiram levantar a nossa economia. A manutenção de arcaicos sistemas políticos, económico-financeiros, prática sistemática dos vários grupos políticos que nos governaram, tinha que levar a um fracasso claro, acrescentado a isso, ainda, um sangramento do país, tudo para conseguirem umas mordomias, aposentadorias ou acumulações de remunerações várias, conforme os cargos exercidos em “prol do povo”.

          É claro que o capitalismo de casino desenfreou através do mundo todo, dando aos povos uma nova forma de escravatura.

Como se pode produzir a um preço que dê dignidade ao “operário”, se nos países emergentes esse preço/salário é miseravelmente escravizador e os produtos seus são os que nos aparecem por cá?

A China clama aos quatro ventos que tem direito a ter uma opinião a nível social e económico como todas as nações e nada faz para a estabilização dos mercados financeiros porque sub-repticiamente tem entrado na economia dos países, assenhorando-se do que lhes pode “comprar” e agora reclama esse “património” que nunca foi deles, clamando para uma estabilização que não lhe “estrague” a entrada dominante nesses países? EDP… mais alguma coisa?

          Nós, com o nosso fraco poder económico e financeiro, aliciados pelo “facilitismo europeu” (vinda de €€€), caímos nestas malhas, é lá que vamos comprar, nas suas lojas, e duas vezes, porque o material é tão, mas tão mau, e perigoso, que vai ter que sempre ser comprado duas vezes porque não tem qualidade. A quantidade de tralha que nos vendem, de plástico e de coisas que não têm interesse nenhum é abismal.

          Experimentem reclamar aos vendedores chineses sobre os dois anos que todos os produtos têm que possuir de garantia. Zero. Legislação europeia não cumprida… comprei agora um telemóvel… bom não consigo reclamar que não tem som ao aliexpress pois foi nessa megaloja… (vigarice?) que comprei.

          É lógico que também os especuladores tomaram conta dos estados. Os políticos, nas suas vaidosas “fotografias de família”, futuramente, ou não, para mostrar aos amigos como são importantes no seu país, deixaram o nosso país cair nesta situação… até nos dão “aulas” quando nos informam que nos vão dar o que é nosso. Impostos, scuts, escalões do irs, vencimentos, pensões… que sei eu.

          Nós, que sempre lutámos por tudo o que temos, digo tínhamos, porque, como estou na classe dos que têm um pouco mais que mil euros, iremos pagar tudo, até que o perder a capacidade de honrar os nossos compromissos se verifique.

          Como nos envergonham “chorando” sobre o “excedente” orçamental, neste recente caso, dizendo que o “menino” anterior disse que lhe “emprestava o comboio” e agora “não tem o comboio”. Ainda por cima todos estamos a ver o “comboio”. Será possível esta lamúria? Tanta incompetência? Estamos “tramados”. Sempre para pior!

          Tal como se lê no romance… “Quando os lobos uivam…” passaremos a lamentar, dizendo: “Já não roço mais mato… levam-mo todo! Puta que os pariu!”


Victor Martins

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