segunda-feira, 6 de maio de 2024

 

AS COISAS QUE EU PENSO...



    Tal como na vida, nada é tão simples como a entrada (nascimento) de um partido, ou coligação, na governação… nada é tão igualmente simples, que a sua “morte” (fora da governação). Simplesmente se nasce e simplesmente… se morre.

    Não vale a pena fugir destas coisas simples, agregando-lhe complicações. É devastador o que fazemos à nossa mente quando ligamos os “complicadores”. Tudo que é simples está transformado num “colossal desvio”. Redunda sempre em dor. Ou porque não temos capacidade para dar seguimento à solução das coisas, ou porque o caminho seguiu tal capricho que a solução encontrada passa para lá do problema que criámos ao termos agregado às coisas simples a complicada forma de estarmos na vida (também política).

    Ser grande, acima de toda esta bagunça partidária, e quiçá da vida, significa que se sintetizou tudo. Ser sábio, significa que a síntese que criámos para as coisas, resolve tudo de forma cabal e a usamos no nosso dia-a-dia. Ser simples significa ser sábio e ser grande.

    Agora, com esta esmerada situação política, é um Deus nos acuda! O Deus que criámos tem várias formas. A pior imagem de todas é o Deus complexo, que está sempre com a “espada” da justiça na mão pronto a exercer tudo o que criámos para essa imagem, e a castrar-nos (não se “estiquem”, entenda-se Justiça Divina). Mas, vamos ponderar sobre as burradas que fazemos, o Deus que está adjacente à complicada forma de o vermos e sentirmos, não é complicado. É simples. É, e será eternamente simples. Ele é capaz de sintetizar a vida, as coisas da vida, e usar essa síntese em prol de todos. Mas o que é Deus que estamos sempre a clamar, sim porque quando as coisas correm bem, Ele não é tido nem achado na nossa vida, pergunto então, o que é Deus? Que conceito temos de Deus. É a complexidade da vida resolvida a contento? É a simplicidade solucionada e que flui de forma cristalina? Quando demos conta da sua existência? Quando é que ele nos assistiu? Na complexidade? Na simplicidade? Na dor da complexidade? No sorrir da simplicidade?

    A regra número um, a natural, da vida: é a não ocupação do espaço que o outro ocupa, porque possui volume visível e ponderável, tal como o nosso.

    A número dois? Começámos por criá-la, e a número três, a numero quatro; regras atrás de regras, até porque ao termos ponderabilidade, tínhamos que ordenar essa forma de estar no mundo. Começámos por nos separar da natureza porque o nosso pensamento conseguiu desligar-se do corpo, mas não na totalidade. Se o corpo não tiver os mínimos satisfeitos à sua sobrevivência humana, o pensamento jamais se separará do que é terreno. Logo não pensa e pouco existe. O ser-se humano, cujo conceito assenta na capacidade de nos separarmos da natureza, perde-se, por vezes por forma definitiva, passando a sermos uma parte móvel no planeta, sem que nos assista o direito ao que quer que seja por não conseguirmos reivindicar nada do que é nosso por direito, como seres humanos. Não o conseguimos fazer por não termos essa noção.

    Mas a nossa separação, do que nos é natural, levou-nos a criar um mundo para todos. Aqui, as regras, por mal elaboradas, conseguiram deturpar o principio simples da coexistência e divisão de recursos. Entrámos a ditar complexidade às coisas simples. As coisas simples, por isso, não o são na esmagadora maioria dos momentos da vida.

    Deixámos de ser grandes, deixámos de ser sábios, passámos a ser mutantes do que a natureza pretendia. A natureza é a simplicidade das coisas. Ela ouve… escuta… mas segue sempre. Ela é Deus. E Deus é simples, não é complexo e não castiga. Deixa-nos o trabalho de cuidarmos de todos para que a simplicidade seja o nosso mote.

    Mas não, somos complexos, desvirtuamos o simples, ligamos “sempre os complicadores” justificando essa nossa atitude. Criamos em nosso redor seres que deixaram de pensar porque o corpo não satisfeito não os deixa separar do pensamento. Simplesmente o amarfanha, silencia-o.

Estamos a criar um povo de mutantes que com braços caídos, andam de rua em rua, como autómatos à procura da simplicidade dentro da complexidade pois é esta a vontade dos governantes. Complexidade sobre complexidade. Até quando?

Comecemos por criar locais de debate entre seres humanos. Sejamos simples! Mostremos que a complexidade pode ser desmontada. Façamos isso em nosso nome, em nome das gerações futuras, mas, ponto de honra, em nosso nome!

As gerações futuras que ainda dependem de nós, irão agradecer e estarão à espera das nossas soluções!

Sugestão: 1º Tema – Porque razão voto sempre no mesmo partido?

2º Tema – Como posso contribuir para remodelar a estrutura dos partidos?

3º Tema - Como criar, ou garantir competências nos futuros candidatos à governação, de estado ou de municípios?

    Penso assim… Valerá a pena pensar assim? Dir-me-ão.



Victor Martins

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