quinta-feira, 15 de maio de 2025

 

O “conversês”

 

 

               O “conversês”,

                                           fornecido pêlos chefes de partido, agora em arruadas, tem sido, quanto a mim, uma forma de criar clientes ideais para um determinado “produto” que oferecem.

Educar as pessoas para um voto consciente, devia requerer anos de formação cívica, anos a criar hábitos de análise, anos em que a escola ajudasse os cidadãos a crescer. Onde é que isto é processado? Em lado nenhum! Pois é, na escola foi cerceada a possibilidade de a Formação Cívica, (criada em 2001, até 2012) dar frutos. Sempre o nosso espirito economicista, sempre uma pequenez de espírito…

Ao “tempo”, muitos de nós evoluíram para um discernimento social que levou o país a ombrear com outros que detinham, já nessa altura, um padrão social elevado, quanto ao nosso, mas que era o justo para os cidadãos. Era o justo e o necessário para todos estarem em pé de igualdade nas suas sociedades. Conseguimos com suor e lágrimas à mistura. Algum sangue também. A perda de tecto e deslocações em massa de outros continentes para o nosso “cantinho” … assim o fizemos, sempre com a vontade de darmos a todos, neste cantinho, a capacidade de nos tornarmos iguais em saúde, justiça, educação e com riquezas mais bem distribuídas a quem trabalha.

Damos conta de um facto: “A incapacidade de nos organizarmos”. A nossa vida resume-se a jogos entre dois “clubes” e a quem dedicamos a nossa atenção: “Procastinense, português e o Procastinaikos… sabe-se lá donde é que é.

Defacto não seriam necessárias aulas continuadas sobre a nossa “Responsabilidade Cívica”, ou “O que posso fazer pêlo meu país” se estivéssemos atentos, estudássemos a situação do país, estudássemos a vida e o currículo dos candidatos em vez de empurrarmos “com a barriga” a evolução do país.

Domingo, estaremos a voltas com o eterno “fardo” porque, ao que estou a ver, não estamos interessados em dar aos filhos e aos netos um país melhor.

25 de Abril? Perdi, queria ganhar… mas… vou continuar a perder pela incapacidade em ter ao meu lado “cidadãos” responsáveis.

 

 

Victor Martins

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