CULTURA
O conceito cultura, foi dado pela primeira vez em
1817, por Edward Taylor. Taylor referiu
o carácter de um aprendizado cultural, contrariando a ideia tácita, ao tempo,
de uma transmissão biológica. Afirmou que a cultura era um conjunto com complexidade,
interdependente, que recebe e “grava” permanentemente: conhecimentos, artes, crenças,
tradições, costumes, hábitos, religião, língua, hierarquia, relações espaciais,
noção de tempo, conceitos de universo e leis dos seres humanos que estão constituídos
em sociedade.
A cultura representa então, o património social de um povo,
não sendo mais que um somatório de padrões dos comportamentos humanos.
Teremos então a cultura popular, cultura de massas, culturas:
material e imaterial, organizacional, erudita…
Diremos, então, que a cultura não se isenta, nem é irresponsável.
Estamos todos implicados nela porque contribui para a formação do
indivíduo enquanto ser social. Referiremos, alargando
um pouco o leque, que a cultura é um conjunto de costumes, de instituições, de
obras ou um determinado grupo artístico (literário, dramatúrgico,
musical, artes plásticas etc.) que cultiva, de algum modo, um padrão estético
semelhante e que acaba por ser a herança de uma comunidade ou grupo de comunidades, ou
país.
Na Europa, a cultura de Portugal, podemos referir sem embargo
nenhum, que é uma das mais tradicionais, marcada por influências, que vão desde
os romanos até aos povos árabes. Ao reunir grandes possessões por todo o mundo,
Portugal influenciou directamente a cultura de vários países que construiu
de raiz, Moçambique, Angola, Brasil, etc., etc.
Nalgumas manifestações culturais nossas, estão, por
exemplo, os tipos de habitação regional, as religiosas, a diversidade
gastronómica, o folclore, as calçadas, a azulejaria, danças, músicas,
arquitectura de casas, palácios, teatros, cinemas, etc., etc.
Então uma das maiores riquezas do país é a diversidade
cultural de norte a sul do país. As suas expressões artísticas, tradições
e eventos, são únicos, quer seja através da música, do teatro, da arquitectura
ou das artes plásticas, o país oferece uma experiência cultural completa,
que mistura o passado e o presente de uma maneira única.
Escrevemos esta simples opinião sobre a cultura do nosso país
e o que é cultura, do que sabemos, (saber) sem “trabalho de casa”, aqui, o
texto seria mais profuso e ainda mais pedagógico. Não o fazemos porque, quem
possui cargos, ou é militante em partidos, tem a obrigação de ser culto,
investigar, por fim, se for instado/a a proferir opiniões, as diga com precisão
e justeza.
O texto que deu origem a esta nossa opinião, lemo-la no The
Blind Spot, foi o que se transcreve a seguir:
“Num podcast,
quando comentava as declarações de Pedro Nuno Santos sobre a necessidade de os
imigrantes respeitarem a cultura do nosso país, Maria Escaja discordou,
considerando que a cultura portuguesa “é uma grande merda”. A deputada
municipal bloquista justificou a afirmação com os casos de violência doméstica
em Portugal e um suposto hábito cultural de “beber café com cheirinho a seguir
ao almoço”. Por fim, questionou o que é a cultura portuguesa – uma posição
semelhante à da eurodeputada ex-ministra do PS, Ana Catarina Mendes, que também
criticou a ideia de uma aculturação dos imigrantes. O The Blind Spot questionou
Maria Escaja sobre o carácter potencialmente ofensivo das suas palavras para os
portugueses, e sobre quais as culturas que considera ‘superiores’, mas não
obteve resposta até ao momento.”
Pois caro amigo
e leitor, será que temos que “levar” sempre, com estes básicos? Será que temos
nos partidos (neste caso, Bloco de Esquerda) militantes com tanta falta de
preparação académica e “cultural” (história, geografia, filosofia, sociologia…)
que não fazem ideia em que país estão e culturalmente são uns…? Será que temos
que dizer às cúpulas destes partidos que não têm que fazer “monte”, sim
qualidade? E nós? Continuamos a votar neste tipo de pessoas?
Simplesmente…
isto.
Victor Martins