terça-feira, 9 de julho de 2024

 

Patriotas ou Nacionalistas?


    Afinal o que somos, patriotas ou nacionalistas? Ser patriota, no contexto atual, social e político, o patriotismo serve o cidadão para lhe dar uma característica, a de que deve amar, defender e respeitar os seus concidadãos sempre com a senda do progresso do seu país em mente e o seu contributo, nunca negar ou banir o progresso vindo de outras nações, sendo sempre um integracionista com tudo o que as outras nações possam ter de positivo para si e para o seu povo. O Nacionalismo é um principio que define a defesa de uma nação contra “agressões” externas: físicas, intelectuais, comerciais, sociológicas, tecnológicas ou religiosas. A redução de um país a um espaço, uma ideia, uma, provável religião e um governo a perpetuar-se.

    Falando da minha ideia sobre o que somos como povo, o meu conceito, terá que passar pelo que é a liberdade do governo sobre o povo, não do governo do povo, isso, seria o ideal de uma sociedade e de um futuro, o nosso é claro seria assim interessante.

    O ser povo não é um conceito muito concreto, também não é uma teoria que se socorra de várias épocas para criar um estereotipo, na minha opinião, não. O sentir, o ser de um povo, efetivamente, foi sempre circunscrito às vivências nas várias épocas, logo não podemos ter um padrão definido. O ser de um povo, é sempre construído pelos vários elementos que o constituem, seja, na sua maneira de interpretar, de falar, de estar, construir, criar, com todas as orientações políticas e sociais ao tempo, regras sociais, impostas, ou de herança, que se tenham. Mas, tal como um instrumento que se distingue de outro, não pelas notas que vai tocando, mas pelo seu timbre, existe defacto uma “coluna central” que dita, observando, a característica de um povo ao longo da sua existência. A minha simples ideia:

    - Somos um povo de ideias contraditórias, porque cada um tem sempre uma forma diferente de abordar um assunto, mesmo que o seu conhecimento seja somente superficial muito embora os “opinion maker’s” lhes “plantem“ as suas formas de ver... Temos a cisma que somos capazes de desempenhar magníficos papeis no mundo, mas isso só será possível se o país nos for, alguma vez, restituído integralmente.     Ao longo dos nossos tempos, mantivemos uma ideia de missão, até à quarenta anos atrás... deu no que deu. É que nunca o país “nos foi” integralmente entregue. Seja, nunca assumimos o nosso país, logo não nos pode ter sido entregue. Somos um povo que não foi “criado” para executar tarefas mas, se formos bem dirigidos, fazemos tudo, a nossa forma de ser está mais virada para fruir o abstrato e no querer imediatamente transformá-lo em algo concreto, que é… nada. Não sei se perdemos tempo nisso, ou ganhamos tempo para fruir os sonhos. Um povo que vive só de sonhos não segue para lado nenhum.

    O nosso ser passa por uma liberdade que, neste momento, está a ser podada aos poucos tal qual um “bonsai”. Pensemos um pouco. A humilhação que nos espera, enquanto povo... já começou nos desempregados e nos que não conseguem honrar os seus compromissos. A pobreza vai alastrando… pobreza em vários moldes… É que esta pobreza retira a perda de liberdade e é rápida ao som do metrónomo do capital que não redistribuí. Limita-nos e, alastra... Mais valia uma catástrofe planetária que a que está a ser provocada pelos usurpadores da vida das nações. Com o consentimento dos governos???... Mesmo assim, temos a possibilidade de reverter isto! As tecnologias dão-nos tempo para pensar e mudar esta forma de nos explorarem. Assim os governantes sejam povo qualificado para isso.

    Necessitamos devolver aos cursos das economias, finanças, gestão, as cadeiras humanistas, a filosofia, a historia, a psicologia, a sociologia. Se saírem desta nossa ideia, os governos que são para o povo… conseguimos mundialmente travar a queda para a nova escravatura, senão... infelizmente ficam os povos isolados do “povo capitalista” e serão martirizados com taxas sobre tudo que é empréstimo contraído, taxas que se vão vendo como verdadeiramente absurdas e obscenas.

    Mas, dada a nossa incompatibilidade de interesses, é natural que as necessidades imediatas das micro minorias governativas, quaisquer que sejam, colidam, nas suas determinações, com as oposições dos parlamentares de outras cores. O “capital” agradece esta oposição/posição e só vai mexendo nas “suas hostes”, para que se avolume ou prolongue a posição/oposição, quando lhe interessa.

    O nosso futuro imediato? Não precisamos de o querer moldar, até porque... já sabemos o que vai acontecer, porquanto já é presente. Com provas dadas, nenhum governo conseguiu entender o passado do seu povo, e com essas mestrias (fora e dentro do processo de governar), não vão nunca conseguir dar-nos um futuro que interesse. Nada foi aprendido, nada que seja digno de nota para aprender.

    O futuro está cada vez mais mais longínquo mas, esse só pode começar a ser traçado quando um governo deliberar processos que projetam o presente. Tem que se governar olhando sempre para cima. Nenhum governo pode traçar um futuro a um povo, sem ser negativo, se delibera constantemente de “cabeça baixa!”



Victor Martins


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